nota: perdoe os erros nesta tradução; não escrevo em português há muitos anos.
A realidade é realmente mais estranha que a ficção, a menina de 9 anos que eu amo cresceu para salvar o mundo.
A realidade é realmente mais estranha que a ficção, a menina de 9 anos que eu amo cresceu para salvar o mundo.
Eu sonho com o agora
somente agora
e nada mais...
Sinceramente me diga,
como domar um touro
neste tempo de homens covardes.
Quando todos os meninos
são ensinados a agir como as meninas,
e a beleza das meninas são esquecidas
e confundidas em suas sexualidades.
Um dia
de silêncio absoluto;
um dia de paz.
Um dia
onde as estruturas ao nosso redor,
moldam-nos todos numa forma só.
Nós estamos construindo homens
de convicções maleáveis,
que dizem sim a tudo,
preocupados somente
com o pão de cada dia.
Toureiros
dentro da arena,
segurando cautelosamente
suas capas brancas,
e negociando com a fera.
Sozinho,
você decide,
onde o tijolo vai:
você pode pô-lo ali,
você pode pô-lo acolá.
Nas suas mãos,
o tijolo é livre
pra ser tudo ou nada.
Um poeta,
do mar Báltico,
achou coisas grandiosas
em cada tijolo que viu,
e quando ele partiu dessa vida,
não tinha um tijolo sequer,
porém as suas arquiteturas
sobreviverão a todos nós.
Se você tem
tudo que a sua pequena alma deseja,
você pode colocar um tijolo
bloqueando a sua porta
para prevenir qualquer um
de lhe roubar suas posses.
Eu desejaria
que todos os tijolos fossem livres,
para serem o que quisessem.
Deus,
fez os tijolos eternos,
e amaldiçoou o homem
com o livre arbítrio
e infinitas encruzilhadas,
sem sinal nenhum;
apenas plenitude absoluta.
Com tantos caminhos em sua frente,
o homem se desespera,
e em dúvida,
pega um tijolo
e plantar suas raízes aqui, lá, em qualquer lugar:
cria um aldeia, se acasala
e faz outros homens
para se sacrificar no nome deles.
Nada faz o homem mais orgulhoso,
do que se sacrificar pelos seus filhos;
entre todas as espécies de animais,
o homem é o único
que exude heroísmo
em plena fuga.
A bíblia,
fala dos homens
e nada diz dos tijolos,
os homens foram criados
a imagem de Deus,
mas o homem perece
num mar de incerteza,
tijolos estão em todas as partes:
sólidos, determinados, eternos.
No final de sua vida,
todo homem deveria ter
não mais do que apenas
um tijolo,
para deixá-lo em algum lugar
pra uma criança achar.
Em uma manhã ensolarada,
uma pequena flor desabrochou.
Ela brincou com o vento,
provocou o sol
que caía sobre ela.
Ela estava feliz,
porque tinha apenas um dia,
para ser.
Em uma linda manhã de setembro,
ela ficou ali parada:
orgulhosa, bonita, cheia de vida.
Assim como deveria de ser.
Além do céu azul
pode estar toda razão,
são tantas as dúvidas,
são tantas as perguntas.
Houve um tempo
que eu pensei que sabia ...
Houve um tempo
que eu pensei que sabia...
Mas era somente a juventude
correndo em minhas veias.
Além do céu azul
estão todas as repostas;
quem me dera poder voar tão alto.
Ela ofereceu uma vista:
de um lago, de um sol, centralizado
no meio da moldura, enquadrado
por uma árvore e sua folhagem,
verde de vida.
Na vanguarda da imagem, um banco,
que ela descreveu modestamente
como apenas como um banco.
"Apenas um banco,” ela disse
como se para salvar o dia,
o momento que se evapora.
"Apenas um banco,” ela disse
como se para saudar o dia,
que espera em cada um de nós.
Como se para abençoar os menos abençoados,
ela ofereceu uma moldura, raios de luz, uma árvore
raios de sol,
dispersando sobre todos nós..
"Apenas um banco,” ela disse
à beira do lago cheio de peixes,
lindo como uma mãe gestando uma vida.
Um banco, um som, outro dia
na cidade do jazz,
ou em qualquer outro lugar onde você esteja;
um banco nunca é apenas um banco,
um banco é uma memória de quem se sentou:
para retomar a vida, para contemplar,
para orar, agradecer, para descansar;
para dar as mãos e chorar pelos que por aqui passaram.
Doravante, hei de dizer-te, meu caro,
que no início não havia mutação,
essa terra era um vale... esse vale: breu.
A escuridão se estendia por onde os olhos
viam e não viam, despojados da virtude.
O homem se arrastava na escuridão
com o pó tomando-lhe a face entre as mãos.
Paris, 3 de April de 1973
Marie,
conhecer você foi ótimo; uma surpresa para um dia que até então ia conforme o planejado. Eu tenho muitos dias assim: planejados. E por mais reconfortantes que sejam, eles não aquecem as noites de solidão.
Papéis na parede descrevendo os dias que virão, fragmentados em anos, meses, horas, que se multiplicam até que o que existe é uma cacofonia de coisas a fazer.
Li tudo o que acabei de escrever para você e parei: pareço ansioso, nervoso, Deus me livre, desesperado? Não sei. Eu também não tenho certeza se quero saber.
Eu me peguei lembrando de momentos em nossa conversa e percebi, talvez um pouco surpreso, que não editei nenhum dos meus diálogos com você. Tive uma estranha sensação de realização com isso, como se, pela primeira vez, eu me aceitasse como sou.
E esse sentimento me fez querer te encontrar novamente.
Paris, 3 de April de 1973
Eu nasci há muitos anos atrás, e novamente outro dia, quando te encontrei. Vou me lembrar para sempre e dizer a todos que a primeira parte do seu corpo que vi foram seus pés. Bem, eu não sei o quão interessante esse detalhe será para alguém, mas é o que eu escolho lembrar.
Olhei por cima do livro que estava lendo e os vi entrando em minha moldura; então levantei minha cabeça e vi seu lindo rosto.
"Oi!" você disse. "Eu só vim te dizer oi." e você tinha uma expressão tipo “eu sou apenas uma simples garota Canadense”; que eu imediatamente entendi seria seu charme.
Lembro de ter pensado: “Sim. Tá bem!. Se liga garota! " Eu senti você chegando a anos-luz de distância.
Paris, 3 de April de 1973
Eu estava pensando em você agora; um pensamento fugaz, então decidi pegar uma folha de papel em branco, nova, uma lapiseira, e fazer esse sentimento durar. A memória que a trouxe de volta pra mim foi de você jogando migalhas de pão para os patos; da sua ansiedade: “e se eles vierem aqui? Tudo de uma vez só!!" e você olhou para mim, e eu achei aquilo hilário.
Tenho certeza de que não foi seu pensamento, mas senti como se você estivesse verificando se eu iria protegê-la de um bando de patos famintos.
Marie, eu certamente correria, e espero que você tenha a inteligência para me seguir, e o bom senso para deixar as migalhas de pão para trás. Tenho certeza de que não podemos fugir de um bando de patos voadores. Mas você jogou suas migalhas de pão, e eles não deram a mínima para isso. As crianças nos dias de hoje!