Ela ofereceu uma vista:
de um lago, de um sol, centralizado
no meio da moldura, enquadrado
por uma árvore e sua folhagem,
verde de vida.
Na vanguarda da imagem, um banco,
que ela descreveu modestamente
como apenas como um banco.
"Apenas um banco,” ela disse
como se para salvar o dia,
o momento que se evapora.
"Apenas um banco,” ela disse
como se para saudar o dia,
que espera em cada um de nós.
Como se para abençoar os menos abençoados,
ela ofereceu uma moldura, raios de luz, uma árvore
raios de sol,
dispersando sobre todos nós..
"Apenas um banco,” ela disse
à beira do lago cheio de peixes,
lindo como uma mãe gestando uma vida.
Um banco, um som, outro dia
na cidade do jazz,
ou em qualquer outro lugar onde você esteja;
um banco nunca é apenas um banco,
um banco é uma memória de quem se sentou:
para retomar a vida, para contemplar,
para orar, agradecer, para descansar;
para dar as mãos e chorar pelos que por aqui passaram.